Tradução do texto de Mark Agnew originalmente postado no South China Morning Post.
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Os Jogos Gays de 2022 não serão afetados pela instabilidade civil em Hong Kong, afirmaram os organizadores. A cidade tem sido afetada por mais de 100 dias de protestos contra o governo que começou como oposição ao controverso projeto de lei de extradição, mas a vida no dia a dia se mantém inafetada, disse Linda Kovarik, diretora de marketing do comitê organizador dos Jogos Gays de Hong Kong.
“Se você está nos Estados Unidos, você não sabe como é viver aqui. Você vê imagens, e pensa que a situação está semelhante a Beirut nos anos 80, mas eles não vêem a realidade”, disse Korvarik, comentando artigos de publicações dos Estados Unidos dizendo que os jogos serão “prejudicados”.
Kovarik morou em Hong Kong por mais de 30 anos.
“Baseado no que vimos, acreditamos que poderemos realizar os jogos”, ela afirmou. “Baseado na epidemia de Sars em 2003, e como Hong Kong lidou com a crise econômica, e até mesmo o quão rápido as coisas estão se movimentando na China continental, acreditamos que Hong Kong irá se estabilizar rapidamente”.
Os Jogos Gays é um evento esportivo e cultural que acontece de quatro em quatro anos, com o objetivo de promover a comunidade LGBT, diversidade e tolerância. Ele será realizado em Hong Kong em novembro de 2022.
Dennis Philipse, o homem responsável por ganhar a licitação para sediar os jogos, concordou com a declaração de Korvarik.
“É sobre percepção. Se você nunca foi para a Ásia, você não sabe como é aqui”, ele afirma, adicionando que os protestos não oferecem ameaças para a segurança de pessoas que não estão envolvidas diretamente a eles, e no máximo isso significaria um ônibus atrasado.
“Hong Kong é reconhecida como uma das cidades mais seguras no mundo e até mesmo com os protestos ela continua assim”, disse Philipe. “Nós temos orgulho da cidade que iremos apresentar e ainda mais do nosso povo e o seu comprometimento pela paz e inclusão”.
A competição Out in Hong Kong Tennis acontecerá entre os dias 4 e 7 de outubro de 2019 com 86 participantes, 48 de outros países. A competição acontecerá, com apenas algumas desistências, e Philipse apontou ela como um exemplo de como os protestos não estão atrapalhando os planos.
Artigos sugerindo que os Jogos seriam cancelados também disseram que patrocinadores iriam abandonar o seu apoio. Korvarik disse que “marcas querem apresentar uma proposta e como elas podem mudar o mundo. Eu não acredito que elas irão nos abandonar”.
Philipse apontou que ainda faltam três anos até os jogos acontecerem.
“Nós acreditamos que é prematuro pensar sobre cidades alternativas para a realização dos jogos de 2022”, ele disse. “A Federação dos Jogos Gays e o Comitê de Hong Kong continuam a apoiar a decisão de que os jogos devem acontecer em Hong Kong”.
Um artigo da The Bay Area Reporter citou um participante em potencial dizendo que um cancelamento de último minuto seria “uma catástrofe para o evento esportivo internacional LGBT”.
Philipse disse: “É sempre bom ter um plano B, independente do que possa acontecer. Mas nós também temos os nossos planos de contingência”.
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Links relacionados:
Matéria original (Em inglês): Hong Kong is still safe and protests will not stop the 2022 Gay Games as day-to-day life is unaffected, say organisers
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