Tradução do texto originalmente publicado no South China Morning Post.
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Malásia censurou cenas de sexo gay em Rocketman – um musical baseado na vida do cantor britânico Elton John – levantando condenações de críticos da arte de que o país esteja se tornando um “estado babá”.
Cinéfilos do país tomaram as redes sociais para criticar os cortes que incluem cenas que apresentam sexo e beijos gay, depois que Rocketman foi estreado na Malásia.
“Nós não permitimos qualquer cena que promova LGBTs em filmes que são para a exibição pública”, disse Safaruddin Mohammad Ali, chefe do departamento de censura de filmes da Malásia, para a Thomson Reuters Foundation.
“Apesar de ser sobre a vida real de Elton John, não cabe a ele permitir ao público ver ou não o que ele faz ou atividades que ele desfruta, não é a nossa cultura”.
Sodomia é um crime punível com até 20 anos de prisão na Malásia, um país de maioria muçulmana com mais de 32 milhões de habitantes.
Safaruddin e a distribuidora local de filmes, United International Pictures, se recusaram a falar quantas cenas foram cortadas. A distribuidora disse que “respeita as regras do governo”.

Rocketman, estrelando o arto Taron Egerton, acompanha os primeiros passos de John na indústria de música, de suas aulas de piano quando criança até a sua explosão no cenários dos Estados Unidos e as festas cheias de álcool e drogas.
Ele recebeu uma classificação etária de +18 na Malásia.
“Nós não precisamos de um estado baba” disse o crítico e personalidade da televisão malaia Sharaad Kuttan, que assistiu ao filme.
“Os governos hoje não podem controlar a representação da comunidade LGBT e de seus indivíduos – eles estão lutando uma batalha perdida” ele disse, se referindo a popularidade de plataformas de streaming como Netflix.
Em junho, o cantor condenou a Rússia por censurar cenas de sexo gay e consumo de drogas em Rocketman, enquanto Samoa proibiu o filme por causa da sua representação da homossexualidade.
Censores de filmes da Malásia proibiram no passado filmes por serem considerados religiosamente insensíveis, e em 2017 a estréia do filme “A bela e a fera” da Disney foi atrasada por causa de “um momento gay” no filme.
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