Tradução do texto de Yiswaree Palansamy originalmente postado no MalayMail.
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As duas mulheres que foram declaradas culpadas pela tentativa de manter relações sexuais entre si receberam a punição pública de seis golpes na Corte Syariah Terengganu, e cerca de 100 pessoas assistiram a punição.
Dois oficiais, um da Prisão Feminina Kajang e outro da Prisão Feminina Pengkalan Chepa foram designados pela corte, mas somente o primeiro oficial executou a punição.
As duas foram punidas individualmente, na frente dos juízes.
A punição começou as 10 da manhã e terminou aproximadamente 20 minutos depois, afirmou o presidente delegado da Associação de Advogados Muçulmanos Abdul Rahim Sinwan quando contatado.
Abdul Rahim, junto com quatro outros membros da associação abriram uma pasta sobre o caso.
Ele afirma que as duas mulheres receberam acesso particular para entrar e sair da corte para que pudessem proteger as suas identidades, no que ele afirma ser necessário segundo a lei islâmica.
“Humilhação está fora de questão, ferir elas desse modo está fora de questão. Elas foram trazidas por portas diferentes e foram levadas por portas diferentes, já que a proposta não é humilhar a pessoa”, ele contou para o Malay Mail.
“Hoje, basicamente quando você fala em punições físicas em cortes Shariah, a falácia de pessoas de fora é que esses atos são para ferir as pessoas. Isso é uma falácia. Na punição Shariah, não queremos ferir a pessoa. É para educar a pessoa. Por isso não é doloroso, não é duro. Não é feito para ferir a pessoa” ele afirma, insistindo que a punição da Shariah é diferente dos outros tipos de punição.
Sua companheira e colega advogada Marlina Amir Hamzah contou para o Malay Mail que a mulher foi punida sob o olhar de 100 pessoas na corte, composta de espectadores civis, representantes de agências governamentais e assim como membros de ONGs.
As duas mulheres foram punidas com seis golpes de um bambu, sob a seção 30 e 59(1) do ato de ofensas criminais da Syariah (Takzir) (Terengganu) 2001, depois delas terem se declarado culpadas de manterem relações sexuais lésbicas.
No dia 28 de agosto, o escrivão da Suprema Corte Syariah Terengganu, Nurulhuda Abd Rahman anunciou que a sentença, que inicialmente seria executada naquele dia, foi posposta, por problemas técnicos.
Além da punição física, as mulheres de 22 e 32 anos também receberam uma multa de RM3.300 (R$3.323,00).
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